5 dicas para inovar com tecnologia na sua escola

A inovação e o uso da tecnologia na educação estão transformando os ambientes escolares. Saber como iniciar um projeto pedagógico que se utiliza de ferramentas tecnológicas é um conhecimento que poupa tempo, dinheiro e preserva o cabelo de gestores do setor educacional.

Isso se faz importante porque na maioria das vezes o gestor não conta com muito recurso financeiro para isso, mesmo aqueles que trabalham em grandes grupos educacionais. Por outro lado, a tecnologia evolui tão rápido que equipamentos de ponta podem entrar em defasagem muito rapidamente, e o investimento parece não compensar.

Ouço há algum tempo sobre projetos, tanto no setor público como no privado, que eram em seu escopo de alta performance, mas resultaram em perdas financeiras, equipamentos e kits sucateados que ocupam os espaços escolares. Talvez você educador já tenha esbarrado em um velho kit de robótica com peças faltando, tendo que trabalhar com aqueles netbooks coloridos ou em laboratórios cheios de PC´s Frankensteins.

Pensando nisso, gostaria de deixar alguns conselhos simples, mas muito úteis que podem poupar muito dinheiro, além de evitar muita dor de cabeça na hora de adotar um projeto que envolva tecnologia e inovação em sua escola.

  1. Nem sempre o mais caro é o melhor. Esta frase sempre gera sorrisos aos responsáveis financeiros. Mas é verdade. A professora Débora Garofalo, representante brasileira e finalista do maior prêmio de educação do mundo, é prova disso. Ela criou um projeto de robótica utilizando sucata (ver link) que foi extremamente assertivo. Você não precisa ter impressoras 3D para ter um ótimo projeto maker em sua escola. Você poderá ter grandes resultados com um projeto que utiliza recursos mais baratos, por exemplo, o papelão. Ser inovador não significa ter tecnologia de ponta e sim criar soluções de ponta. Existem também ferramentas baratas e até gratuitas, de alta tecnologia e performance. O exemplo disso são as ferramentas da Google: Google for Education. Conversaremos sobre elas em um outro momento.
    https://fundacaolemann.org.br/noticias/professora-brasileira-no-maior-premio-de-educacao-do-mundo
  2. Se for para escolher, escolha mobilidade. Já foi o tempo em que uma escola podia se diferenciar com um laboratório de informática, onde não se ensinava informática, lembra? Então, está na hora de mudar. Hoje o tempo é um artigo precioso e fazer deslocamento de turmas para o laboratório sempre causou muito transtorno a alunos e a educadores. Outro fator negativo era o alto preço para manter esses equipamentos funcionando. Por isso, meu conselho é simplificar. Existem soluções no mercado, como tablets e Chromebooks, que além de mais baratos (relembrando que nem sempre o mais caro é melhor), podem ser levados para dentro da sala, sendo integrados ao fluxo da aula sem causar transtornos. Os Chromebooks têm uma outra vantagem: nada fica neles. Tudo vai para nuvem e, portanto, qualquer arquivo, pode ser acessado em qualquer lugar do planeta. E o que fazer com o antigo espaço do laboratório? Que tal criar um espaço de inovação, um fablab, ou simplesmente um lugar de leitura e descanso? Use a sua imaginação e criatividade dentro do seu orçamento. Se desejar, dê uma olhada nesse link, a Rosan Bosh com certeza irá lhe inspirar com seus projetos fantásticos.
    https://rosanbosch.com/en
  3. Nada é para sempre, por isso planeje a renovação. Como falei anteriormente, a tecnologia evolui muito rápido e o que era alta tecnologia deixa de ser em poucos meses. Em 1965 um funcionário da Intel previu que os transistores em um chip dobrariam a cada 18 meses, a chamada lei de Moore. Hoje sabe-se que a eficiência dos processadores dobra em 18 meses, como previstos por Moore. Ter isso em mente no momento de planejar a troca de equipamentos em sua escola fará entender o prazo para que seus equipamentos fiquem menos eficientes, ou seja, seus equipamentos serão 2x mais lentos a cada 18 meses de uso, comparados com os lançamentos do mercado. Lembre-se: computadores, projetores, tvs e tablets não são livros e precisam ser substituídos periodicamente. 
  4. Não queime etapas. Sabe-se que, tanto gestores quanto educadores estão a todo o momento sendo bombardeados por modismos. Sempre existem as metodologias X ou Y sendo oferecidas e isso soma-se aos kits e parafernálias tecnológicas que prometem fazer sua instituição uma escola 4.0 da noite para o dia. Para mim o importante é construir uma base, uma cultura e uma mudança na maneira de ensinar e de utilizar tecnologia em sala de aula. Por exemplo: se deseja ter aulas de robótica, sugiro que antes sejam oferecidas aulas de programação para crianças e adolescentes. Se você quer ter um estúdio de áudio-visual em sua escola, antes ensine e promova a criação de vídeos utilizando o celular, estimule a criação de canais no YouTube, com debates, explorações, tutoriais e experiências científicas. Entender onde sua escola está e o que precisa construir para alcançar níveis mais altos é a diferença entre bons projetos e dinheiro jogado no lixo. 
  5. Prefira parcerias que compartilham know-how. Aulas de robótica? Pilotagem de drones? Tudo em aulas extracurriculares com parceiros terceirizados? Isso parece muito bom quando se vende a escola para os pais. Porém lembre-se que assim que o contrato acabar, esse parceiro levará todo conhecimento dele com ele. Não vejo problemas com esse modelo, ele funciona e existem empresas com projetos muito bons no mercado que vão fazer muitos clientes se interessarem por sua escola. Mas se for para pensar no futuro, o conselho é: escolha projetos que envolvam seus educadores, que os capacitem a utilizar esses recursos inovadores e tecnológicos em seu dia-a-dia escolar. Assim você gera expertise ao seu staff e agrega valor a seus projetos pedagógicos.

 

Se desejar conhecer um projeto com esse princípio clique no link abaixo:

https://educriare.com.br/codego/

 

Os conselhos acabam por aqui, mas os desafios apenas estão começando.  Lembre-se que a tecnologia não é moda, ela é parte importante na vida das novas gerações e são as ferramentas que eles usam para se comunicar, interagir, aprender, trabalhar e se divertir. A sua escola precisa se conectar? Então mãos à obra!

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